
Desenlace
A nau parte com o corpo
A alma, ainda ancorada ao porto
Clama a uma só voz o seu retorno
Mas o que se ouve permanece calado
O corpo pálido então permanece e segue
Recipiente que é de um horizonte insólito
Onde o norte se transmuta em tempo
De uma quimera plantada em solo inóspito
Atenta, a alma se lança ao mar
dança ao sabor das águas em direção ao corpo
a nau: o corpo olhando o vento
a alma olhando o porto só
O porto já se parece ponto
O ponto permanece porto
E a permanência dura apenas
Até onde a alma a vê.
Elisa Gaivota
Quando li, me senti dentro de uma embarcação indo sem rumo para o desconhecido... muito bom... leve... Beijos Violeta
ResponderExcluirBommm Elisa...
ResponderExcluirA fotografia é um vírus a outras partes de um corpo que se chama arte...
Parabéns... Um abraço, com carinho, Alex.
que os olhos possam ver e o coração sentir
ResponderExcluirsaltar ao mar ou miramar do porto
desfrutar a vida em seus diferentes momentos..
me lembrou uma música que gosto muito do Paulo César Pinheiro com Pedro Amorim - Serena.
Este é novo? Ficou perfeita a comunhão com a foto. Beijos.
ResponderExcluirFotopoema, uma criação de uma grande fotógrafa de uma grande sensibilidade. Junção que alegra aos nossos olhos e ao nosso coração. Por isso eu gosto muito de você. Abração. Carlos Fonseca
ResponderExcluirObrigada Carlos e aos outros amigos... pelo carinho e por estarem presentes nesse desafio de mostrar o que escrevo... (sempre muito difícil para mim...).
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